domingo, 16 de dezembro de 2018

 Não atiro o Pau ao Gato


 
  
Não atiro o Pau ao Gato-to

Não maltrato-to os animais-mais-mais

Eles são nossos amigos

O gatinho, o gatinho, e os demais

Mais!
 

Não atiro o Pau ao Gato-to

Não maltrato-to os animais-mais-mais

Dona Chica-ca já cá não mora-ra

Foi-se embora, foi-se embora, e não volta nunca mais

Mais!
 
 
***

 
Se estiver interessado na Letra, indique o meu nº de Autor na Sociedade Portuguesa de Autores:

nº autor 118346
  
 
 

 
Criei esta letra para terminar as apresentações do meu livro.
Foi muito giro ouvir as crianças cantarem esta versão,
divertidas e satisfeitas com as alterações :)
 
 
 
 
 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cavaleiro Errante



E chegou o meu Cavaleiro Errante
No seu cavalo triunfante
Ao meu castelo encantado
Eu dormia um sono profundo
Isolada de todo o mundo
E o feitiço foi quebrado

O meu reino conquistou
Aquele trono tomou
Como um conquistador
Destronou todos os reis
Alterou todas as leis
Mas esqueceu o amor

E depressa este soberano
Foi um conquistador tirano
Que as promessas traiu
O meu tesouro saqueou
O seu brilho ofuscou
E o meu castelo ruiu

E tal cavaleiro andante
Seguiu seu destino errante
Sem olhar para trás
O meu sonho derramou
O meu castelo desmoronou
E não o ergui nunca mais

( Lina Mar )







quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Mundo Proveta




Mãe. não gostei de nascer
Este mundo é cruel eu já vi
Deixa-me voltar a ter
O meu aconchego dentro de ti

Nem sequer posso nadar
O mar está cheio de alcatrão
please’ deixa-me voltar
ai, eu não quero viver assim não

Oh, mãe deixa-me voltar
Eu estava tão quentinha
Quando podia me enrolar
Dentro da tua barriguinha

Não quero ouvir falar em guerra
Já é demais tanta bomba e mina
Não quero viver nesta Terra
Todos vão ter a mesma sina

Por favor, não quero ficar
Deixa o tempo voltar a trás
Pára o mundo, eu quero sair
Estas pessoas são muito más!

Oh, mãe deixa-me voltar
Eu estava tão quentinha
Quando podia me enrolar
Dentro da tua barriguinha

( Lina Mar )




Volta no vento...





A noite desce bem devagar
Sobre a praia abandonada
Trás as estrelas e o Luar
E uma onda mais agitada

Escreve na areia os meus segredos
Com os dedos que senti
Murmura ao céu esses meus medos
Já não posso viver sem ti’

Volta no mar, volta no vento
Volta, volta para mim
Peço ao destino, ao firmamento
Eu não posso viver assim

Mais uma noite volta a cair
É silenciosa e escura
Outra noite que não vou dormir
Eu estou só à tua procura

Mas já não há estrelas na cidade
E a lua hoje não vi
Talvez me escondam a verdade
Vou ficar a viver sem ti’

Volta no mar, volta no vento
Volta, volta para mim
Peço ao destino, ao firmamento
Eu não posso viver assim

( Lina Mar )



Talhado no Céu





O nosso amor vem do passado
À muito tempo foi talhado
Por alguma mão divina
Somos metades da mesma maçã
Pássaros da mesma manhã
Mãos com a mesma sina

Quem sabe tudo começou
Quando alguém trincou
Aquele fruto de encantar
Talvez fosse eu distraída
Ou com a intenção medida
De fazer te apaixonar

Quando os séculos passaram
E os Deuses me perdoaram
Quem sabe fomos também
A princesa e o bandido
Um grande amor escondido
Proibido por alguém

Quem sabe tocaste Saxofone
E eu dancei o Charlestone
Nas mesmas canções
Ou como hippies da flor
Gritámos paz e amor
E tatuámos corações

E quando se conquistar a Lua
Com certeza ainda serei tua
Eu aposto tudo que sim
Vamos cair na mesma cratera
E passar mais uma Era
Apaixonados assim

( Lina Mar )


Ele sem ela





Ele saiu de madrigada
E deixou-a cheia de frio
Lá de casa não levou nada
Mas deixou um grande vazio

Ela ficou caída na cama
Olhos presos no infinito
E sentiu que quem mais ama
Não cala a dor num só grito

Chora só mais este dia
Chora só mais esta hora
Coração espera o dia
Que o amor se vá embora

Ele para casa não voltou
Tem o seu orgulho ferido
E aquela dor não curou
Vagueia na vida perdido

Ela continua a esperar
Todas as noites, acordada
Reza pr'a um dia ele voltar
E finalmente ser perdoada

Chora só mais este dia
Chora só mais esta hora
Coração espera o dia
Que o amor se vá embora

( Ana Mar )



Menino Vagabundo





Tu eras a criança que na rua chorava
Que pedia, que mendigava
Por um pedaço de pão
Mas ninguém olhava para ti
Ninguém gostava de ti
Todos voltavam o coração

Tu eras aquele que na rua brincava
Que corria, que se sujava
Por um pouco de liberdade
Mas ninguém te via assim
Ninguem gostava de ser assim
Todos te negavam caridade

Tu foste o miudo que na rua roubou
Que se escondeu, que calou
Já cansado de mendigar em vão
E ninguém quis saber o quê
Ninguém quis saber porquê
Todos te condenaram ladrão

Hoje já não pedes na esquina
Já não corres rua a cima
Tudo acabou naquela manhã
Chamaram-te vitima da sociedade
E tiraram-te a liberdade
Por roubares uma maçã


( Lina Mar )